sábado, 10 de outubro de 2009

GRES Acadêmicos do Salgueiro

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Acadêmicos do Salgueiro
Fundação 5 de Março de 1953 (56 anos)
Escola-madrinha Mangueira
Cores Vermelho e Branco
Símbolo Instrumentos de pecurssão
Bairro Andaraí
Presidente Regina Duran
Presidente de honra
Carnavalesco Renato Lage
Comissão de carnaval
Intérprete oficial Quinho
Diretor de carnaval Comissão de Carnaval[1]
Diretor de harmonia Comissão de Harmonia[2]
Diretor de bateria Mestre Marcão
Rainha da bateria Viviane Araújo
Madrinha da bateria
Musa da bateria
Mestre-sala e porta-bandeira Ronaldinho
Gleice Simpatia
Coreógrafo Hélio Benjani
Comissão-de-frente
Enredo de 2010 {{{enredo para 2010}}}
Dia e hora do desfile (2010) {{{horário em 2010}}}
Desfile de 2010
Enredo Histórias sem fim
Horário Domingo, 14 de fevereiro
Entre 1h20 e 2h20

O Grêmio Recreativo Escola de Samba Acadêmicos do Salgueiro é uma escola de samba, das mais populares do Rio de Janeiro, atualmente está sediada na Rua Silva Teles, no bairro de Aldeia Campista. Originalmente sediada na Rua dos Junquilhos, no bairro da Tijuca.
Índice

* 1 História
* 2 Enredos[5]
* 3 Os Acadêmicos do Salgueiro
* 4 Os Artistas da Acadêmia
* 5 Premiações
o 5.1 Títulos
o 5.2 Estandartes de Ouro
* 6 Referências
* 7 Ligações externas

História

O Acadêmicos do Salgueiro foi fundado em 5 de março de 1953 a partir da união de duas escolas de samba do Morro do Salgueiro: Azul e Branco e Depois eu Digo. A Unidos do Salgueiro, terceira escola existente naquela localidade e que tinha como representante maior o sambista Joaquim Calça Larga, não concordou com a fusão e, por esse motivo, ficou de fora. Mais tarde, a Unidos do Salgueiro desapareceu. Em seu primeiro desfile, com o enredo "Romaria à Bahia" em 1954, a Acadêmicos do Salgueiro surpreendeu o público e alcançou a terceira colocação, à frente da Portela.

O primeiro presidente do Salgueiro foi Paulino de Oliveira e nos anos que se seguiram, a escola ousou ao tratar de enredos que colocassem os negros em destaque, e não como figurantes. É exemplo marcante desse novo estilo, Navio Negreiro (1957). Mas foi em 1958, sob a presidência de Nelson Andrade, que a agremiação adotou o lema que traz até hoje: nem melhor, nem pior, apenas uma escola diferente. Foi Nelson Andrade o responsável pela ida do carnavalesco Fernando Pamplona para o Salgueiro, em 1960, dando início a uma grande mudança no visual da escola. Pamplona criou uma equipe formada por ele, o casal Dirceu e Marie Lousie Nery, Arlindo Rodrigues e Nilton Sá, revolucionou a estética dos desfiles das escolas de samba.Essa tendência foi reforçada com a chegada de Fernando Pamplona e, posteriormente, de Arlindo Rodrigues, que resgataram personagens negros que enriqueceram a história do Brasil, embora fossem pouco retratados nos livros escolares, como Zumbi dos Palmares (Quilombo dos Palmares - 1960), Xica da Silva (Xica da Silva - 1963) e Chico Rei (Chico Rei - 1964).

Na década de 1970, a escola consagra o jovem artista plástico Joãosinho Trinta, que foi aluno de Pamplona, nos memoráveis desfiles de 1971 Festa para um Rei Negro (samba composto por Zuzuca, tendo como carnavalesco Joãosinho Trinta com o qual obtém seu 5º título) e o bicampeonato em 74/75 com Rei de França na Ilha da assombração (samba composto em 1974 por Zé Di e Malandro tendo como carnavalesco Joãosinho Trinta que lhe rendeu seu 6º título do carnaval carioca) e As minas do rei Salomão (samba composto em 1975 por Nininha Rossi, Dauro Ribeiro, Zé Pinto e Mário Pedra e tendo como carnavalesco Joãosinho Trinta com o qual conquistou seu 7º título).

Nos anos 1980 a escola amarga uma série de insucessos, disputas internas causaram afastamento de salgueirenses históricos e vê a ascensão de escolas como: Beija-Flor , Imperatriz e Mocidade Independente, cujos desfiles eram confeccionados por ex carnavalescos do Salgueiro, como Joãosinho Trinta, Arlindo Rodrigues e Rosa Magalhães.

O jejum de títulos é quebrado em 1993 com o surpreendente Peguei um Ita no Norte, de Mario Borrielo, Demá Chagas, Arizão, Celso Trindade, Bala, Guaracy e Quinho e com o carnavalesco Mário Borriello, esse desfile foi responsável por um dos momentos mais inesquecíveis do carnaval carioca e por um dos melhores samba-enredo que a Sapucaí ouviu.

Nos últimos anos seu carnaval foi feito pelo carnavalesco Renato Lage que foi discípulo de Fernando Pamplona e Arlindo Rodrigues. Com a morte dos patronos Maninho e Miro Garcia, a vermelho-e-branca precisou mais do que nunca se unir para apresentar um grande desfile com o enredo Do fogo que ilumina a vida, Salgueiro é chama que não se apaga. O desafio foi vencido. O excelente desenvolvimento do enredo de Renato Lage e Márcia Lavia contava a história e a importância do fogo para a humanidade. A plástica do tema iluminou os carnavalescos a criarem um belíssimo trabalho de cores quentes e formas originais inspirados no elemento. O Salgueiro desfilou com uma garra que há muito tempo não se via. Exceto por problemas em duas alegorias, que tiveram dificuldade de passar pelas árvores não podadas da Presidente Vargas, a escola foi extrema em sua excelência e incendiou a avenida, credenciando-se ao título. Porém, na abertura dos envelopes, apenas a 5ª colocação foi reservada à escola.

Golpe maior a escola sofreria no ano seguinte, quando levou para a avenida o enredo Microcosmos, o que os olhos não vêem, o coração sente, criado por Renato Lage e Márcia Lávia. Já contando com a estrutura do barracão na Cidade do Samba, a escola sentiu o peso de abrir o desfile do Grupo Especial, com um público ainda frio e pouco receptivo. O resultado final foi a 11ª colocação, a pior da história do Salgueiro.

Para se reerguer, em 2007 o Salgueiro foi em busca de suas raízes para encontrar, na África Oriental, a história das Candaces, rainhas negras que governaram o Império Meroe, sete séculos antes de Cristo. Tudo pareceu perfeito para mais uma vitória - ou pelo menos o vice-campeonato. A escola fez um desfile brilhante e saiu aclamada pelo público e pela imprensa como postulante ao título. Uma boa colocação parecia certa para a escola (e para o público em geral). Essa expectativa durou apenas até a leitura das primeiras notas, na quarta-feira de cinzas. Inexplicavelmente os jurados deram notas baixas à escola. Afastada da luta pelo campeonato, o Salgueiro terminou a apuração em 7º lugar. Em 2008, falando sobre a cidade do Rio de Janeiro, o Salgueiro conquista o vice-campeonato.

Após o vice-campeonato, o Salgueiro realizou eleições para a escolha da diretoria executiva, responsável pelo comando da escola no triênio 2008/2010. A vencedora foi a candidata da situação, Regina Celi Fernandes Duran, segunda mulher na história a presidir a escola.

Para 2009, a escola escolheu o enredo Tambor, de Renato Lage. O samba enredo vencedor foi composto por Moisés Santiago, Paulo Shell, Leandro Costa e Tatiana Leite.[3] Graças a a esse enredo, o Salgueiro ganhou o campeonato[4] deste ano, com um ponto de diferença da vice Beija-Flor e quebrando um jejum que durava 16 anos.

Para o carnaval de 2010, o Salgueiro segue com o carnavalesco Renato Lage e busca o bicampeonato com o enredo autoral Histórias Sem Fim, contado a história do livro, que vem da Antiguidade até os tempos modernos.
[editar] Enredos[5]
Acadêmicos do Salgueiro
Ano Colocação[6] Grupo[7] Enredo Carnavalesco
1954 3°lugar 1 Romaria à Bahia Hildebrando de Moura
1955 4°lugar 1 Epopéia do samba Hildebrando de Moura
1956 4°lugar 1 Brasil, fontes das artes Hildebrando de Moura
1957 4°lugar 1 Navio negreiro Hildebrando de Moura
1958 4°lugar 1 Um século e meio de progresso a serviço do Brasil Hildebrando de Moura
1959 Vice-Campeã 1 Viagem pitoresca através do Brasil - Debret Marie Louise e Dirceu Néri
1960 Campeã 1 Quilombo dos Palmares Fernando Pamplona
1961 Vice-Campeã 1 Vida e obra de Aleijadinho Fernando Pamplona
1962 3°lugar 1 O Descobrimento do Brasil Arlindo Rodrigues
1963 Campeã 1 Chica da Silva Arlindo Rodrigues
1964 Vice-Campeã 1 Chico-Rei Fernando Pamplona
1965 Campeã 1 História do carnaval carioca - Eneida Fernando Pamplona
e Arlindo Rodrigues
1966 5°lugar 1 Os amores célebres do Brasil Clóvis Bornay
1967 3°lugar 1 História da liberdade no Brasil Fernando Pamplona
1968 3°lugar 1 Dona Beja, a feiticeira de Araxá Fernando Pamplona
1969 Campeã 1 Bahia de todos os deuses Fernando Pamplona
1970 Vice-Campeã 1 Praça XI carioca da gema Fernando Pamplona
1971 Campeã 1 Festa para um rei negro Fernando Pamplona
1972 5°lugar 1 Nossa madrinha, Mangueira querida Fernando Pamplona
1973 3°lugar 1 Eneida, amor e fantasia Maria Augusta e Joãosinho Trinta
1974 Campeã 1 O Rei da França na ilha da assombração Joãosinho Trinta
1975 Campeã 1 O segredo das minas do rei Salomão Joãosinho Trinta
1976 5°lugar 1 Valongo Edmundo Braga
1977 4°lugar 1 Do Cauim ao Efó, moça branca, branquinha Fernando Pamplona
1978 6°lugar 1 Do Yorubá à luz, a aurora dos deuses Fernando Pamplona
1979 6°lugar 1 O Reino encantado da mãe natureza contra o rei do mal Ivan Jorge
1980 3°lugar 1 O bailar dos ventos, relampejou, mas não choveu Ney Ayan e Jorge Nascimento
1981 5°lugar 1 Rio de Janeiro Geraldo Sobreira
1982 8°lugar 1 No reino do faz de conta José Félix
1983 8°lugar 1 Traços e troças Augusto César Vannucci e Lan
1984 4ºlugar Especial Skindô, Skindô Arlindo Rodrigues
1985 6ºlugar Especial Anos Trinta, Vento Sul - Vargas Edmundo Braga e Paulino Espírito Santo
1986 6ºlugar Especial Tem que se Tirar da Cabeça Aquilo que Não se Tem no Bolso - Tributo a Fernando Pamplona Ney Ayam, Mário Monteiro e Yarema Ostrower
1987 5ºlugar Especial E por que não ? Renato Lage e Lílian Rabello
1988 4ºlugar Especial Em Busca do Ouro Mário Monteiro e Chico Spinoza
1989 5ºlugar Especial Templo Negro em Tempo de Consciência Negra Luiz Fernando Reis e Flávio Tavares
1990 3ºlugar Especial Sou Amigo do Rei Rosa Magalhães
1991 Vice-Campeã Especial Me Masso se Não Passo pela Rua do Ouvidor Rosa Magalhães
1992 4ºlugar Especial O Negro que Virou Ouro nas Terras do Salgueiro Mário Borriello
1993 Campeã Especial Peguei um Ita no Norte Mário Borriello
1994 Vice-Campeã Especial Rio de Lá para Cá Roberto Szaniecki
1995 5ºlugar Especial O Caso do por Acaso Roberto Szaniecki
1996 5ºlugar Especial Anarquistas Sim, Mas Nem Todos Fábio Borges
1997 7ºlugar Especial De Poeta, Carnavalesco e Louco… Todo Mundo tem um Pouco Mário Borriello
1998 7ºlugar Especial Parintins, A Ilha do boi-bumbá: Garantido X Caprichoso, Caprichoso X Garantido Mário Borriello
1999 5ºlugar Especial Salgueiro é Sol e Sal nos Quatrocentos Anos de Natal Mauro Quintaes
2000 6ºlugar Especial Sou Rei, Sou Salgueiro, meu Reinado é Brasileiro Mauro Quintaes
2001 4ºlugar Especial Salgueiro no mar de Xarayés, é Pantanal, é Carnaval Mauro Quintaes
2002 6ºlugar Especial Asas de um sonho, Viajando com o Salgueiro, O orgulho de ser brasileiro Mauro Quintaes
2003 7ºlugar Especial Salgueiro, Minha Paixão, Minha Raiz - 50 Anos de Glórias Renato Lage e Márcia Lávia
2004 6ºlugar Especial A Cana que aqui se planta, tudo dá… Até energia. Álcool – o combustível do futuro Renato Lage e Márcia Lávia
2005 5ºlugar Especial Do fogo que ilumina a vida, Salgueiro é chama que não se apaga Renato Lage e Márcia Lávia
2006 11ºlugar Especial Microcosmos: o que os olhos não vêem o coração sente Renato Lage e Márcia Lávia
2007 7ºlugar Especial Candaces Renato Lage e Márcia Lávia
2008 Vice-Campeã Especial O Rio de Janeiro continua sendo… Renato Lage e Márcia Lávia
2009 Campeã Especial Tambor Renato Lage
2010 Especial Histórias sem fim Renato Lage
[editar] Os Acadêmicos do Salgueiro

* Almir Guineto
* Carlinhos Brown
* Carol Castro
* Claudia Jimenez
* Edmundo
* Eri Johnson
* Galvão Bueno
* Jorge Ben Jor
* Mirella Santos
* Paulo Vilhena
* Rafael Almeida
* Romário
* Ronaldinho Gaúcho
* Sabrina Sato
* Viviane Araújo
* Wanderlei Luxemburgo

[editar] Os Artistas da Acadêmia

* Anescarzinho
* Argemiro Calça Larga
* Arlindo Rodrigues
* Djalma Sabiá
* Fernando Pamplona
* Flavio Tavares
* Geraldo Babão
* Haroldo Costa
* Joãosinho Trinta
* Laíla
* Luiz Fernando Reis
* Mário Borrielo
* Mauro Quintaes
* Quinho
* Renato Lage
* Rico Medeiros
* Roberto Szaniecki
* Rosa Magalhães
* Zuzuca

[editar] Premiações
[editar] Títulos

Grupo Especial:

* 1960 - Quilombo dos Palmares
* 1963 - Xica da Silva
* 1965 - História do Carnaval Carioca - Eneida
* 1969 - Bahia de Todos os Deuses
* 1971 - Festa para um Rei Negro
* 1974 - Rei da França na Ilha da Assombração
* 1975 - O Segredo das Minas do Rei Salomão
* 1993 - Peguei um Ita no Norte
* 2009 - Tambor

Estandartes de Ouro

Total de 66 prêmios:

* Estandarte de Ouro (Escola): 1974, 1993,1994, 2000 , 2003 e 2009
* Estandarte de Ouro (Enredo):1973, 1974, 1990, 1991, 1993, 2006 e 2009
* Estandarte de Ouro (Samba-enredo): 1978
* Estandarte de Ouro (Bateria): 1973, 1975, 1984, 1993, 1998, 2000, 2003 e 2008
* Estandarte de Ouro (Mestre-sala): 1986, 1988, 1998, 2001, 2003 e 2004
* Estandarte de Ouro (Porta-bandeira): 1982, 1985, 1986, 1991 e 2001
* Estandarte de Ouro (Destaque Feminino):[8] 1976, 1977 e 1980
* Estandarte de Ouro (Destaque Masculino):[8] 1973 e 1984
* Estandarte de Ouro (Ala): 2008
* Estandarte de Ouro (Fantasia):[9] 1974
* Estandarte de Ouro (Personalidade Feminina):[10] 1979, 1982, 1983 e 1986
* Estandarte de Ouro (Personalidade): 1992, 1994 e 2003
* Estandarte de Ouro (Revelação): 1992
* Estandarte de Ouro (Passista Masculino): 1981 e 2005
* Estandarte de Ouro (Passista Feminino): 1978, 1983, 1985, 1987 e 2007
* Estandarte de Ouro (Intérprete): 1989
* Estandarte de Ouro (Comissão de Frente): 1990, 1996, 2003 e 2005
* Estandarte de Ouro (Ala de Baianas): 1986, 1988, 1989, 2005 e 2007
* Estandarte de Ouro (Ala de crianças):[11] 1993

Referências

1. ↑ Regina Duran, Anderson Abreu e Renato Duran
2. ↑ Alda Alves, André Luis Soares (Rambo), Antônio Augusto do Nascimento Romero (Sivuca), Jomar Casemiro (Jô), Jorge Dias e Siromar de Carvalho da Silva (Siro)
3. ↑ Sidney Rezende - Moisés Santiago é tri no Salgueiro (12/10/2008)
4. ↑ Salgueiro Campeão
5. ↑ Academia do Samba - Salgueiro
6. ↑ Quando houver empates entre duas escolas numa mesma colocação, deve-se considerar a posição seguinte como vazia. Assim, por exemplo, se em determinado ano duas escolas forem campeãs, a que vier logo atrás deverá ser contabilizada como terceira colocada.
7. ↑ Se os nomes dos grupos tiverem mudado, deve-se colocar sempre o nome atual, e caso possível, o nome da época entre parênteses, utilizando-se das tags .
8. ↑ 8,0 8,1 Esta categoria foi extinta em 1986
9. ↑ Esta categoria foi extinta em 1975
10. ↑ Categoria substituída apenas por Personalidade a partir de 1988
11. ↑ Esta categoria foi extinta em 1994

Ligações externas

* Página oficial
* Página sobre o carnavalesco Fernando Pamplona
* Salgueiro no Globo.com